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Projeto Noah

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Mensagem por Johan Liebert Qui Dez 01, 2016 12:36 am

A Vila de Lahan

Continente de Ignas, no hemisfério norte do nosso mundo. Neste, o maior continente, uma guerra tem seguido entre dois países por centenas de anos. Ao norte do continente jaz o Império de Kislev; ao sul, está o Reino do Deserto de Aveh.

A guerra durou por tanto tempo que as pessoas esqueceram da causa, conhecendo apenas o círculo sem fim de hostilidade e tragédias. A obsessão crônica da guerra em breve encontraria uma mudança devastadora. Isso se deveu ao “Ethos”, uma instituição que preserva a cultura do nosso mundo, reparando ferramentas e armas escavadas das ruínas de uma civilização antiga. Ambos os países escavavam estas ruínas e pediam ao “Ethos” que consertasse as descobertas, a fim de aumentar seu poder militar.

As variadas armas escavadas das ruínas alteraram grandemente o desempenho do esforço de guerra. O resultado das batalhas entre os dois países não era mais determinado pelo combate homem a homem, mas por ‘Gears’ – máquinas de combate humanóides gigantes – que eram obtidos do interior mais profundo das ruínas. Eventualmente, depois de mudanças constantes no estado de guerra, Kislev conseguiu ficar por cima. O principal fator por trás disso estava na enorme diferença entre a quantidade de recursos enterrados no interior de suas ruínas. Mas, de repente, uma força militar misteriosa apareceu no continente de Ignas. Chamados de ‘Gebler’, esta força decidiu fazer contato com Aveh. Com a ajuda desta força militar Gebler, Aveh conseguiu recuperar-se de sua desesperada minoria para voltar até a fazer par com Kislev. Então, tomando vantagem de sua recém-conquistada aliança, Aveh começou a capturar um território após o outro de Kislev, sem mostrar qualquer indicação de diminuir sua campanha de invasão.

A história começa na vila remota de Lahan, nos limites de Aveh, próxima à fronteira de Kislev...
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Mensagem por Arkangel Qui Dez 01, 2016 1:09 am

Dominaremos o mundo. Projeto Noah 1410612049
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Mensagem por Johan Liebert Qui Dez 01, 2016 1:14 am

Dan

A vila está em chamas. Pessoas correm por toda a volta enquanto a escuridão da noite é rompida pelo tom vermelho-brilhante das labaredas em seus lares. Um grupo de Gears militares enfrenta um Gear solitário, pilotado pelo jovem Fei Fong Wong, já cansado pelo esforço.

Huff... Puff... Malditos!

Apesar de nunca ter pilotado um Gear na vida, Fei conseguiu derrubar alguns dos soldados sem maiores problemas. Mas os Gears inimigos tornaram a se pôr de pé.

O que, raios, é você? – ele pergunta — Não importa como eu o derrube, ainda consegue ficar de pé?

A poucos metros da batalha, o Dr. Citan Uzuki, amigo próximo de Fei e do povo da vila tenta se fazer ouvir:

Fei, pare! Você não deve lutar aqui!

Uma rajada de metralhadora do Gear inimigo e Fei procurou desviar, sendo atingido por pouco pelo mesmo que acabara de derrubar. Tornando à carga, o Gear de Fei atinge mais uma vez o outro e torna a derruba-lo.

Maldição... Por quê? Por que tiveram de vir aqui? Pra que fazer isso?

A única resposta é o som das chamas que continuam consumindo a vila, alheias à luta.


Mais duas pinceladas e parecia pronto. Com um olhar crítico, Fei se afastou um pouco da tela e achou que bastava por hora, resolvido a tirar uma folga. Não tinha ideia de onde viera a inspiração que o levara a pintar aquele quadro, mas quando dera por si, já estava bem adiantado no trabalho. Geralmente, só pintava os arredores de Lahan, onde vivia. Era um rapaz alto, de longos cabelos castanhos presos e também era um mistério. Três anos antes, ele aparecera em Lahan todo sujo de sangue e ensopado da tempestade. Muitos dos aldeões não acharam que suportaria, mas o líder da vila o acolhera e a constituição firme do rapaz impediu o pior. No entanto, ele não se lembrava de coisa alguma anterior a isso, sabendo apenas que fora entregue ao chefe da vila por um estranho mascarado. Havia quem supusesse que o homem fosse o pai de Fei, mas nem mesmo o rapaz podia saber com certeza. Comentavam também sobre os pesadelos terríveis que ele tivera pouco depois, onde sempre chamava pelo pai. No entanto, ele mesmo não tinha qualquer lembrança anterior aquilo.

Tendo terminado sua pintura, Fei resolveu ir ter com os amigos no andar de cima da sua casa, que conversavam animadamente com Lee, o chefe da vila. Entre eles estava Timothy, que foi o primeiro a vê-lo se aproximar.

Oi, Fei!  Desculpe usar a sua casa desse jeito, mas precisávamos nos reunir aqui hoje. É preciso conversar com o chefe sobre o grande dia de amanhã.

Ah, claro, o seu casamento com Alice! Isso sim é um grande dia!

Bom... É mesmo... Mas ainda é meio difícil pensar nisso como realidade, sabe?

Fei se afastou um pouco, como se estivesse sem graça, antes de dizer:

Hã, Timothy... Eu só quero agradecer a você e à Alice... Há três anos, eu acordei nessa vila sem o menor vestígio da minha memória... Não sabia quem era, onde tinha estado ou o que tinha feito até aquele dia... Não podia me lembrar de nada. E, apesar disso, você e Alice simpatizaram comigo e me encorajaram a seguir em frente. Se vocês dois não estivessem lá comigo, não sei o que teria me acontecido... – e, voltando-se para o amigo: — Do fundo do coração, Timothy, obrigado mesmo! Você e a Alice merecem viver juntos pra sempre!

Hah, corta essa! – riu o outro — Não precisa ficar todo sentimental comigo... Seja como for, sempre senti como se tivesse sido seu amigo desde que éramos meninos. E vamos continuar sendo amigos pra sempre, certo?

É claro!

Ah, Fei, a propósito... – e pareceu lembrar de algo — Será que você podia ir ver como está a Alice? Ainda tem umas coisas pra eu discutir com meu pai e o Chefe Lee, mas tenho certeza de que ela gostaria de companhia.

Claro, sem problemas! Eu te vejo mais tarde, então.

Fei estava prestes a sair quando entrou um garotinho pela mesma porta que ele usaria.

Ah, aí está você, Fei! Eu queria falar com você sobre uma coisinha!

Ei, como é que está, Dan? Tá animado hoje... Como sempre, aliás.

Ô, Dan, não seja tão mal educado! – cortou Timothy. — Pra que entrar gritando desse jeito?

Saco, o Timothy também tá aqui. – resmungou o menino.
Não enche, Timothy! Até casar com a minha irmã, você não tem nada a ver comigo. O meu negócio é com o meu amigo aqui, o Fei. – e virou-se para Fei:

Pois é, Fei, eu preciso falar com você depois...

O que foi, Dan? – o ar grave do menino fazia parecer sério. — Parece coisa grave.

E é mesmo; por isso eu não posso falar aqui – e olhou feio para Timothy. — Tem uma certa pessoa ouvindo que podia causar problemas. Temos que falar sério, um a um, de homem pra homem! Te encontro lá fora. – E voltando-se para Timothy:

Se cuida até amanhã, Timothy. – e mostrou a língua para o outro, saindo logo depois. Fei ficou olhando confuso para a porta e para o amigo.

O que é que há com ele, afinal?

E pensar que a partir de manhã eu vou ser cunhado desse moleque... – Timothy deu de ombros e riu: — Hah! Essa parte não vai ser nenhuma lua-de-mel!

Ainda rindo, Fei saiu logo atrás de Dan. Era bom que Timothy tivesse aquele gênio animado; com o mau humor de Dan por causa do casamento iminente da irmã, ele obviamente iria precisar de ânimo!

Dan estava no meio do caminho para a casa de Alice e, vendo Fei se aproximar, chamou o rapaz de canto e perguntou:

Podemos conversar agora, Fei? É importante.

Claro, Dan. O que foi?

Como você sabe, amanhã finalmente é o dia do casamento da minha irmã... – falou o menino num ar solene — E é bem sobre isso que eu quero falar: o casamento da Alice. Pra ser perfeitamente honesto com você, Fei... Eu sempre quis que você fosse meu irmão. Ainda não é tarde demais. Você podia sequestrar a Alice e fugir com ela! E, se precisar da minha ajuda, eu adoraria fazer qualquer coisa!

Fei ficou sem ação diante da surpresa enquanto, num tom mais calmo e baixo, Dan segredou;

Pode ser meio esquisito eu dizer isso, mas a minha irmã é bonita, cozinha bem... (e, só entre nós, ela é bem dotada, também! Heh, heh heh!) E aí? O que você acha?

Tá bom, Dan, você venceu. Acho que eu vou simplesmente pôr Alice no colo e correr com ela pra longe daqui!

Mesmo? – o rosto do menino se iluminou — Eu sabia que gostava de você, Fei! Esse é o espírito! Mas... Ia ser preciso mudar os sentimentos dos dois, também. E você precisaria gostar dela...

Como Fei esperava, era mais uma das ideias de Dan. Bastava dar corda suficiente e ele próprio percebia os furos do plano. O menino era genioso, mas tinha bom senso. Apesar de ter sido obrigado a se resignar, ele ainda parecia satisfeito.

Seja como for, você se dispôs a me ajudar. Obrigado, Fei! Você é um cara legal.

Fei despediu-se de Dan e chegou logo à casa de Alice. Era o bom de viver numa vila pequena; não demorava nada chegar de um lugar a outro.
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